quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ligar ou não ligar - devaneios de solteira

Uma festa, uma sagrada sexta, um bar, caipisaquês de lichia, minha então eleita bebida favorita no meu então eleito bar favorito. De uma cena improvável, conheço um moço bonito. Festa afora, duas pessoas insanamente alcoolizadas se beijam e a festa vai indo. No fim, meu novo eu ainda no salto (sempre), com novos amigos e muita - muita - risada. A noite acaba bem, até onde eu conseguia me lembrar.
Dia seguinte, uma música solta um flash em minha memória e eu ligo para a "partymate" pra relembrar os bons momentos. E ela me lança: "Adorei o fulano, tomara que ele te ligue!". Mas... eu não dei meu telefone. "Eu dei!".
Pronto. E tudo que estava indo tão bem, comecei a pensar na maldita ligação. Que ocorreu no dia seguinte. Eu particularmente ODEIO estas ligações de moços de baladas. Não tem assunto. Você conhece o cara em 2 horas e ele te liga. Não sabe onde ele mora, o que ele faz, o que ele gosta, se o signo bate, se o santo bate...
O moço liga, estou eu no provador de uma loja numa tarde de domingo, focada no modelo da calça jeans. E eu, que não sei prestar atenção em duas coisas ao mesmo, ligo o piloto automático para ambas as ações. Blablabla, "vou te ligar na semana para a gente sair ok?", ele diz. Ok, combinado...
E, nunca mais ouve-se falar no moço.
E eu tento entender: eu não tinha dado meu telefone, eu não esperava nada. O moço pega meu telefone de uma terceira pessoa, liga uma vez, fala que vai retornar e não retorna! Pra quê este trabalho todo se não ia ligar? Porque atrapalhar o curso da minha vida esperando uma ligação que eu nem esperava atender?

Bom, passada mais de uma semana, o celular continua mudo e a vida continua. E eu continuarei sem dar telefones, a não ser que amigas assessoras o façam.

E, sempre mentalizando um mundo melhor, continuo tentando entender os homens...