domingo, 20 de julho de 2014

Momentos, esperas e devaneios

Um pedido de casamento. Um momento único e planejado, romântico, desejado, compartilhado. Uma dança, a primeira ou a última, mas uma dança. Corpos colados, nenhuma palavra, passos sincronizados. 

Um beijo, longo, de bom dia ou de boa noite, espontâneo e tão inesquecível quando o primeiro. Eu te amo. Num sussuro, num abraço, num cartão. Eu te quero, te desejo. Não vivo sem você. Palavras que vão além de meras palavras.

Mais vinhos, mais jantares à luz de velas. Um único jantar a luz de velas. Dois à cozinha, dois ao banho, dois na cama. Um único desejo, pensamento, corpo.

Um lugar no mundo, um lugar no peito, um lugar. Uma música, uma letra, um poeta, escritor, piadista.

Segredos. Confissões, fantasias, medos, lágrimas. 

Todos estes momentos. Momentos que foram não vividos. 
Se vividos, não marcados. Se marcados, perdidos. Se perdidos, à espera... À espera de segundas chances, segundas-feiras, segundas intenções, opiniões. À espera de serem vividos intensamente e nunca esquecidos.

Porque a vida é feita disso mesmo. De esperas. E é quando menos se espera que estes momentos acontecem.