segunda-feira, 30 de março de 2015

Eu amo

O que é meu e o que não é. Explico...

Amo o amor. 
Amo sentir aquela fagulha, aquela pontada de gases no coração. 
Amo tudo, amo todos. 
Amo de doer até doer. 
Amo até o amor dos outros, esse eu amo de paixão. 
Amo meu passado, amo tudo que vivi, conto como se fosse hoje. 
Amo até meu futuro, sonho com ele todos os dias e temos uma relação simbiótica. Nos damos super bem, esperando um ao outro. 
Amo quem está por vir - ao mundo e à minha vida. 
Amo quem está na minha vida e faz valer. E quem não faz eu amo também, porque vai virar a história que eu amo contar. 
Amo em doses homeopáticas este presente conturbado - esta nossa relação é complicada, a gente criou muita expectativa mas estamos "nos adaptando".

Amo. 
Amo coisas, pessoas e animais. Love it. Love them. Love all.
Amo quem me faz querer amar mais, se é que isso é possível. 

E ver o amor dos outros, pelos outros e nos outros me faz amar mais.

segunda-feira, 9 de março de 2015

A última peça

Depois de tanto tempo, tanto esforço pra entender, tantos textos escritos inspirados pelo desamor, vem uma informação da forma mais simplista e cai no colo. Assim mesmo, sem pedir, sem buscar, sem investigar, o sonho da vida de qualquer mulher se faz real em informações substanciosas dada por pessoas em comum, que sequer desconfiavam da gravidade do que falavam – para meu coração. O problema ali realmente não era eu.

Hoje tanta coisa faz sentido. Ao ouvir aquelas histórias, t.o.d.o.s os momentos que nos envolveram passaram na minha frente. Algumas conversas, palavras, comentários, encontros, casos, fotos. Coloquei a última pecinha neste quebra-cabeça que, repito, montei sozinha, desenhei sozinha e carreguei comigo desde o primeiro jogo sozinha. O problema ali é que eu realmente era eu.

E durante todo este tempo eu achava que o problema é que eu não tinha sido eu, tinha montado um personagem. Não, eu fui despretensiosa até demais. Talvez se tivesse sido menos intensa, teria engatado, mas não passaria da 3ª marcha. Porque o problema ali não era meu.

E se eu alguém tivesse me contado isso antes, no ápice do meu encantamento? Eu teria mudado. Eu ia tentar me encaixar. Eu ia continuar teimando até sangrar. Eu jamais aceitaria, na minha autoestima fantasiada de imponente, que o problema, ali, não era eu. Eu caçava defeitos, caçava motivos, caçava deslizes. Foi preciso este tempo para entender, precisava viver outras dores, outros desamores. Precisava aprender a olhar pra trás e sorrir, e ter maturidade pra aceitar que o problema ali, realmente, é que não era pra ser meu.