segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Passa amanhã

Tô deixando a tristeza para amanhã.

Não que eu de fato consiga evita-la, mas é porque a história conseguiu me ensinar algo, e eu sei que estas lágrimas que teimam em aparecer não serão as únicas. Então eu penso: de que adianta chorar agora e chorar amanhã de novo, e de novo, e de novo? Que o pranto venha então de uma vez e saia com força do meu peito, levando com ele toda minha esperança. Porque quando eu chorar, é porque chegou a hora.

E tenho conseguido adiar, dia a após dia, esta queda. Tenho algumas perdas em mente, não sou ingênua. Ninguém passa ileso, ninguém sai sem cicatrizes, e eu estou respeitando meu luto interno. Estou respeitando minhas vontades, rindo de mim mesma sempre que possível. Se está fácil? Esta pergunta é para mim ou para quem me olha? Porque quem me olha tem certeza que eu estou até feliz com isso tudo. Mas eu mesma... 

Medo, desconfiança, remorso, raiva, e muita tristeza. Um turbilhão de pensamentos, sensações, receios, devaneios que vem sem avisar. Aquele monte de "será que é isso mesmo?", "mas e se?" e "tenho a sensação que ainda não acabou" passam pela minha cabeça o tempo todo. E eu nunca tenho respostas, senão minha famigerada "passa amanhã".

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