segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ocitocina, sua linda!

Pra matar a saudade de me sentir assim, vívida, feliz. Com aquele aperto no peito inexplicável, suspiros insensatos, um rosto que persiste no pensamento, não importa onde ele esteja. Um rosto no inconsciente, o sonhar, o divagar... de quantos filhos, onde morar, que cor pintar o quarto, que carro teremos para carregar toda a família para a casa no interior no fim-de-semana, colher frutos no pé-de-amora. A cor favorita, a letra de mão, a cor dos olhos, dos cabelos, as pintas pelo corpo, medir mãos, tocar a ponta do nariz, afagar os cabelos, auto-retratos...

Ah o corpo humano e sua sabedoria infinita de até mesmo saber nos fazer apaixonar, como, onde e por quem.

Porque é ela que faz tudo isso acontecer. É a ocitocina que decide, por cálculos e recálculos inconscientes, que é com este ou aquele macho-alfa que a mulher quer procriar. Por isso, o corpo libera uma dose de paixão no cérebro. Dose essa que é revigorada, por manutenção, a cada vez que cada um desses momentos volta à lembrança. Portanto, para o corpo humano, lembrar é amar.

Amor este quase que exclusivo das mulheres. Porque a ocitocina foi feita para criar o laço materno, no amamentar, no parir, no conceber. Sim, é a dose cavalar de ocitocina liberada no orgasmo que faz o útero se empenhar para o conceber. Por isso, entre erros e acertos, podemos dizer até que não existe sexo casual para a mulher: a cada orgasmo, uma dose de paixão/ocitocina é liberada. Se olhar nos olhos de uma mulher durante um orgasmo, irá ver o amor florescer em seu corpo, a cada vibração, a cada arrepio e toque. E é pela ocitocina também que mulheres amam chocolate sobre todas as coisas. Chocolates e feromônios, todos no mesmo patamar.

É.. o corpo e suas peripécias para o amor.

Nada como uma nova dose de ocitocina para girar a roda da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário