Nem sei de quê.
Talvez de ficar sozinha, de não dar certo, de não vingar.
Bateu um medo. Medo mesmo, aquele que faz tremer as pernas. Medo de ter sido
tudo em vão, medo de me arrepender.
Porque nada vingou, nada deu certo. E não é que deu certo
enquanto existiu, deu errado mesmo! Cortei laços, tomei decisões erradas,
insisti no erro e me machuquei. Achei que era cedo pra desistir e me machuquei
mais. Agora o que me machuca é o tempo perdido.
E o pior é que a vida não para pra me esperar. Não adianta
pedir tempo, pedir pra começar de novo, nem desistir e dar de ombros. A vida
não para e tanta gente depende de mim. Sempre segurei, segurei firme, me fiz de
arrimo, principalmente mental. Um dia, quis um pra mim, e quando achei que pudesse
relaxar neste peito, caí. Caí e a vida me atropelou. Me atropelou de todas as
formas, com todas as pernas. Me perdi em todos os vieses.
De todos os arrependimentos o pior é de ter relaxado. Porque
os caminhos são escolhas e a gente retoma. Como li estes dias num livro que tem
tentado acalmar meu coração, “Nosso caminho é sempre o melhor que podíamos
escolher, de acordo com nosso nível de compreensão e adiantamento daquele momento.
Se, porém, no dia seguinte, nos dermos conta de que aquele caminho não era o
mais adequado, não devemos nos culpar por isso. Devemos apenas mudar de
direção, selecionar novas veredas.”
Mas é o arrependimento de ter relaxado que me dá medo.
Porque eu tenho, de novo, medo de não confiar em mim. Não nos outros, mas em
mim mesmo. Eu já nem sei mais o que eu faço bem. E se eu faço bem mesmo. É uma
mistura de experiências que não dá uma profissional completa. Uma mistura de
experiências que não dá nem mulher nem adolescente. Uma mistura de experiências
que me faz sentir incompleta, perdida, com medo. Medo que não acaba, que não
alivia o peito por nem um instante.
Medo de ficar sozinha, de não dar certo, de não vingar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário